Sunday 12 July 2009

1º dia!

A boa fortuna começou em Londres! Ao embarcar para as famigeradas 9 horas de vôo até Mumbai - já com dores nas costas à partida – o “pica” anuncia que me vai colocar “business class” porque a BA tinha feito overbooking! Como diria o Homer Simpson: “Yuhooo”.

Assim que me sento a hospedeira aparece com uma bandeja.

-“May I offer you a drink?”
- “Sure! I´ll have the apple juice.”
- “Sorry sir… this is champagne…”
- “Ah… hummm… ok!”

Sumo de maçã… Pobre…

A viagem é umas 10 vezes mais fácil com espaço, uma cama e comida melhorzinha!
O mostrengo lá aterra e logo que saio sou invadido por uma sensação bem familiar… Ahh! Os trópicos! Saudades desta húmidade!

O cheiro… Cheira a 17 milhões de pessoas à chuva e ao calor numa ilha – Mumbai, Bombaim do antigamente. A população da India ultrapassa já os mil milhões e as previsões apontam para que passe a China em breve…

Para combater a explosão demográfica, a mais recente crença do governo é que os casamentos se devem realizar por volta dos 30 anos e não mais cedo. Nas zonas rurais já há prémios para quem decide casar mais tarde e é possivel que a politica venha a ser adoptada em todo o país. Sempre me parece uma medida mais “humana” do que a política do filho único na China… Premiar quem decide ter menos filhos em vez de castigar quem quer ter mais…

A viagem de taxi (um carro prai dos anos 50) até ao hotel foi a classica corrida de doidos no meio de um trânsito de doidos. Tudo controlado! Pelos vistos aqui o método de navegação foi adoptado dos morcegos… os condutores vão buzinando e simultaneamente baseam as suas mudanças de direcção nas buzinas de outros. É tudo por som, espelhos nada (estavam-se sempre a partir contra outros carros, motos e camiões)!
O hotel é uma espelunca em que o banho quente não só afinal é frio como também tem de ser tomado com ginástica pois água só mesmo de uma torneira a meio metro de altura do chão.

-“Internet? Wireless?”
-“Sure my friend!”

Ou então não… trabalhou 2 minutos e caiu para nunca mais voltar! Classicos!

Para obter um cartão para o telemóvel foi outra aventura…

Pelas ruas de Mumbai, em plena monção, por vezes com água por meio das canelas, não consegui arranjar um cartão de telefone sem o seguinte:
- passaporte;
- fotocópia do passaporte;
- documento que comprove a minha morada na India (foi mais um bolywood para me fazerem este comprovativo no hotel…);
- 1 fotografia tipo pass;
- extenso formulário da vodafone, com nome do pai, etc;
- puto + bicicleta para ir entregar documentação toda ao um centro oficial da vodafone;
- 2 kg de paciência (1kg para usar no processo, o outro para se dissolver com a omnipresente chuva quente);
- 99 Rupias = 1€ e 45 cent.

O maldito jet lag é que me vai matar amanhã na minha primeira visita de terreno às operações da Asmitha Microfinance… Já é uma da manhã (oito e meia em Portugal, segundo o meu PC…) e nada de sono. Daqui a três horas e meia já toca o despertador… Vai ser um dia duro… Principalmente porque não há cafés em todas as esquinas…

2 comments:

  1. eu acho que me ía dar bem nesse sítio... não?!
    especialmente na parte do SEM CAFÉ em todas as esquinas...

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  2. tinhas de te habituar a fazer o café em casa... de resto adaptavas-te de certeza! ;-)

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